(Farda de fusileiro do Batalhão de Caçadores nº 6 - modelo de 1806)
(peça cedida do Vasco Belchior)
Caríssimos,
Vou iniciar aqui um ciclo de publicações relativas aquilo que, em meu entender, constitui um dos pontos altos da actividade da Associação Napoleónica Portuguesa (ANP), à qual tenho o especial prazer de pertencer.
Trata-se de um evento relacionado com encerramento das comemorações oficiais do bicentenário da Guerra Peninsular em Portugal, promovidas pelo Exército Português, e que consiste numa exposição que ainda se encontra acessível ao público, no magnífico Museu Militar de Lisboa (MML).
O Exército Português endereçou um convite formal à ANP no sentido da colaboração para a concretização desta exposição, o qual mereceu, como não podia deixar de ser, uma resposta afirmativa e entusiástica do nosso Presidente, o Eng. Faria e Silva, e de todos os nossos membros.
A minha contribuição pessoal para este evento limitou-se ao apoio moral. Todavia não posso deixar novamente de congratular todos os elementos da ANP que contribuiram para esta excelente iniciativa, em especial o nosso Presidente Faria e Silva, que uma vez mais deram um exemplo de dedicação, de trabalho e de generosidade em prol de um ideal, sem pedirem nem esperarem qualquer tipo de contrapartida.
Um grande bem haja para todos!
(Farda de atirador do Batalhão de Caçadores nº 6 - modelo de 1810)
(peça cedida por António Viana)
Todas as fardas aqui representadas e cedidas ao MML fazem parte do espólio pessoal dos sócios ou constituem património da própria ANP.
As duas primeiras imagens representam fardas do Batalhão de Caçadores nº 6 e mesmo para um "olho" destreinado, é possível perceber algumas diferenças entre ambas e que têm a ver com o período a que respeitam.
A primeira farda é relativa ao período de 1806, em que Portugal estava ainda em paz e com alguma abundância. Vejam a qualidade dos acessórios utlizados, que se traduzem numa barretina "à portuguesa", com pluma lateral, cordões e chapa em latão com o número do batalhão.
Esta barretina era de qualidade superior à posteriormente utilizada em 1810. Esta última constituiu uma adaptação da barretina inglesa, modelo "stovepipe", com poucos acessórios e de muito menor resistência e qualidade. Tratava-se de um material fornecido em quantidade pelos ingleses, próprio de um tempo de guerra, numa altura em que a indústria militar nacional era inexistente.
(Farda de Alferes do Regimento de Infantaria nº 11)
(peça cedida por José Patena)
Aqui temos a farda fornecida pelo nosso camarada Patena, que também é o nosso estimado oficial, a quem só falta mesmo uma voz de barítono, pois voz de tenor ele já tem...
(Farda de Coronel de Engenharia)
(peça cedida por Faria e Silva)
Esta é a farda habitualmente utilizada pelo nosso Presidente em operações de combate.
Não sei porquê, mas há alguma coisa que não bate certo nesta farda.
Ou o nosso Presidente fez dieta ou obrigaram o manequim a fazê-la...
(Farda de Granadeiro do Regimento de Infantaria nº 11)
(peça cedida por Carlos Alves)
Penso que o nosso camarada Alves ainda não desistiu de tentar equipar a sua farda de granadeiro com uma peça de equipamento que é especialista a utilizar: o paraquedas.
(Farda de fusileiro de Regimento de Infantaria francesa)
Esta é uma das fardas que faz parte do património da ANP e que foi cedida para este evento.
(Farda de soldado da Leal Legião Lusitana)
(peça cedida por Eunice Guedes)
A nossa camarada Eunice é a nossa mulher de armas de estimação e nunca diz que não a um bom combate.
(Farda de cavaleiro de Regimento de Dragões franceses)
(peça cedida por Pedro Henriques)
O nosso camarada Pedro Henriques é um verdadeiro artista!
Aqui temos um exemplo fantástico do resultado do seu trabalho - vejam só aquele excelente capacete, totalmente fabricado por ele!
Ao Henriques só falta mesmo aprender a montar a cavalo (como deve ser...).
Ainda há mais de onde vieram estas fotos!
Pedro Casimiro