segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Exposição do Museu Militar de Lisboa "200 Anos da Guerra Peninsular" - Associação Napoleónica Portuguesa(3)


Caros amigos,
Aqui temos novamente mais uma "ronda" de imagens relativas à exposição em curso no Museu Militar de Lisboa, que desta vez começa com uma das nossas tendas de campanha, que é uma réplica fiel das utilizadas no início do séc. XIX.
É preciso advertir também que se trata de uma tenda já utilizada por vários dos nossos camaradas para dormir sob a "belle étoile" em campanha. Olhem que isto de dormir ao relento com armas e bagagens até tem uma certa piada quando se vê nos filmes de época e coisa e tal. 

Todavia, a prática tem muito que se lhe diga...

Juntamente com a tenda podemos observar alguns equipamentos essenciais do acampamento, tais como as panelas de três pernas para fazer o caldo, o tripé (para suspender a panela sobre a fogueira) e o candeeiro (com vela). Lá atrás temos também alguns barris que serviam para guardar...o chá.



Enquadramento da tenda no espaço museológico


Uma peça de artilharia com o artilheiro de serviço.


Esta é uma farda de sargento do Regimento de Artilharia nº 4, cedida pelo nosso camarada Joaquim Guedes.


Aqui temos os nossos caríssimos oficiais, digo, as fardas dos nossos caríssimos oficiais em (ex)posição permanente.


Aqui temos algumas fardas originais de oficiais superiores em exposição, que fazem parte do espólio do MML.


Nesta imagem é possivel visualizar uma mochila de combate cedida por um dos nossos camaradas, bem como a multiplicidade de acessórios e equipamento (também cedidos por elementos da ANP) que o soldado do séc. XIX tinha de ser portador, para poder ser operacional em combate.


Pedro Casimiro

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Exposição do Museu Militar de Lisboa "200 Anos da Guerra Peninsular" - Associação Napoleónica Portuguesa(2)

(sabre modelo 1796 de cavalaria ligeira) 

Caros amigos,
Cá estamos para mais uma ronda de imagens relativas à exposição ainda em curso junto do Museu Militar de Lisboa, desta vez relativas às armas brancas.
Uma vez mais, estão em causa peças na sua maioria cedidas graciosamente por particulares, provenientes das respectivas colecções privadas. Além de um elevado valor histórico, estas peças possuem um considerável valor patrimonial.

(sabre modelo de 1796 de cavalaria pesada)

Por via de regra, é possível distinguir o sabre de cavalaria pesada do sabre de cavalaria ligeira de duas maneiras: o de cavalaria pesada habitualmente é mais longo e pesado e possui uma lâmina direita, enquanto que o sabre de cavalaria ligeira, além de ser mais leve, possui uma lâmina curva, por vezes de inspiração oriental.

São ambas armas de um só gume.

(espada modelo de 1796 de infantaria)

(espada modelo 1803 de infantaria ligeira) 

(espada modelo 1806 de oficial do Estado Maior) 

(espada modelo 1806 de oficial do Estado de Milícias) 

(espada modelo 1806 de oficial General) 

Pedro Casimiro

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Exposição do Museu Militar de Lisboa "200 Anos da Guerra Peninsular" - Associação Napoleónica Portuguesa(1)

(Farda de fusileiro do Batalhão de Caçadores nº 6 -  modelo de 1806)
(peça cedida do Vasco Belchior)

Caríssimos,
Vou iniciar aqui um ciclo de publicações relativas aquilo que, em meu entender, constitui um dos pontos altos da actividade da Associação Napoleónica Portuguesa (ANP), à qual tenho o especial prazer de pertencer.
Trata-se de um evento relacionado com encerramento das comemorações oficiais do bicentenário da Guerra Peninsular em Portugal, promovidas pelo Exército Português, e que consiste numa exposição que ainda se encontra acessível ao público, no magnífico Museu Militar de Lisboa (MML). 
O Exército Português endereçou um convite formal à ANP no sentido da colaboração para a concretização desta exposição, o qual mereceu, como não podia deixar de ser, uma resposta afirmativa e entusiástica do nosso Presidente, o Eng. Faria e Silva, e de todos os nossos membros.
A minha contribuição pessoal para este evento limitou-se ao apoio moral. Todavia não posso deixar novamente de congratular todos os elementos da ANP que contribuiram para esta excelente iniciativa, em especial o nosso Presidente Faria e Silva, que uma vez mais deram um exemplo de dedicação, de trabalho e de generosidade em prol de um ideal, sem pedirem nem esperarem qualquer tipo de contrapartida.

Um grande bem haja para todos!

(Farda de atirador do Batalhão de Caçadores nº 6 - modelo de 1810)
(peça cedida por António Viana)

Todas as fardas aqui representadas e cedidas ao MML fazem parte do espólio pessoal dos sócios ou constituem património da própria ANP.
As duas primeiras imagens representam fardas do Batalhão de Caçadores nº 6 e mesmo para um "olho" destreinado, é possível perceber algumas diferenças entre ambas e que têm a ver com o período a que respeitam. 
A primeira farda é relativa ao período de 1806, em que Portugal estava ainda em paz e com alguma abundância. Vejam a qualidade dos acessórios utlizados, que se traduzem numa barretina "à portuguesa", com pluma lateral, cordões e chapa em latão com o número do batalhão. 
Esta barretina era de qualidade superior à posteriormente utilizada em 1810. Esta última constituiu uma adaptação da barretina inglesa, modelo "stovepipe", com poucos acessórios e de muito menor resistência e qualidade. Tratava-se de um material fornecido em quantidade pelos ingleses, próprio de um tempo de guerra, numa altura em que a indústria militar nacional era inexistente.

(Farda de Alferes do Regimento de Infantaria nº 11)
(peça cedida por José Patena)

Aqui temos a farda fornecida pelo nosso camarada Patena, que também é o nosso estimado oficial, a quem só falta mesmo uma voz de barítono, pois voz de tenor ele já tem...

(Farda de Coronel de Engenharia)
(peça cedida por Faria e Silva)

Esta é a farda habitualmente utilizada pelo nosso Presidente em operações de combate.
Não sei porquê, mas há alguma coisa que não bate certo nesta farda. 
Ou o nosso Presidente fez dieta ou obrigaram o manequim a fazê-la...

(Farda de Granadeiro do Regimento de Infantaria nº 11)
(peça cedida por Carlos Alves)

Penso que o nosso camarada Alves ainda não desistiu de tentar equipar a sua farda de granadeiro com uma peça de equipamento que é especialista a utilizar: o paraquedas.

(Farda de fusileiro de Regimento de Infantaria francesa)

Esta é uma das fardas que faz parte do património da ANP e que foi cedida para este evento.

(Farda de soldado da Leal Legião Lusitana)
(peça cedida por Eunice Guedes)

A nossa camarada Eunice é a nossa mulher de armas de estimação e nunca diz que não a um bom combate.

(Farda de cavaleiro de Regimento de Dragões franceses)
(peça cedida por Pedro Henriques)

O nosso camarada Pedro Henriques é um verdadeiro artista! 
Aqui temos um exemplo fantástico do resultado do seu trabalho - vejam só aquele excelente capacete, totalmente fabricado por ele!
Ao Henriques só falta mesmo aprender a montar a cavalo (como deve ser...).

Ainda há mais de onde vieram estas fotos!

Pedro Casimiro 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Escola do Soldado - 18 de Março de 2012



Caríssimos,

Aqui fica o anúncio formal relativo à realização de mais uma edição da Escola do Soldado, com a participação dos elementos do GRHMA e da ANP. O evento deste ano será uma vez mais realizado na fantástica aldeia de Freineda, no concelho de Almeida e irá coincidir com um excelente evento gastronómico regional denominado a Festa do Bucho.
Nesta festa os apreciadores da cozinha tradicional portuguesa irão poder apreciar aquela maravilhosa especialidade da Beira Alta e da raia, chamada bucho.

Como habitualmente, este evento servirá para desenferrujar o material e rotinar procedimentos de segurança, após a pausa de inverno.

Será também uma oportunidade para apresentação de novos recrutas e para todos os elementos presentes voltarem a treinar o básico: as marchas e as voltas (que são sempre do agrado de toda a gente...).

Este ano faremos também o  possível por introduzir um elemento novo, que servirá para dar mais alegria às tropas: a realização de uma marcha através dos montes e vales da Beira Alta com cerca de 10 km, a terminar  com um combate urbano na aldeia de Freineda.

Claro está que esta marcha é para começar bem cedo... tipo 6 horas da manhã e com o equipamento completo (full kit, como dizem os ingleses).

O programa geral do evento será o seguinte (dia 18 de Março):

- Aproximação à aldeia de Freineda, em coluna de marcha (item sujeito a alterações)

- Cerimónia evocativa junto ao monumento a Wellington (Freineda).

- Combate urbano (Freineda).

- Almoço de convívio

Nota importante: este programa está sujeito a alterações a qualquer momento e sem aviso prévio (tipo: a marcha pode passar a ser de 20 km, em vez de 10).

Pedro Casimiro