Caríssimos(as),
Existem, provavelmente, muitas pessoas que gostariam de saber o que é que o Cerco de Almeida e o Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA) têm de tão especial.
Ora bem, num genuíno exercício de modéstia e de moderação, vamos deixar aqui alguns indícios que irão permitir que todos tirem as suas próprias conclusões a este respeito!
Desde logo,o GRHMA é a maior grupo de reconstituição história sediado em território nacional, possuíndo nas suas fileiras soldados histórico-militares com mais de dez anos de experiência ao nível da participação, organização e coordenação de eventos histórico-militares, realizados em Portugal e por toda a Europa.
Os nossos destacamentos de infantaria (Regimento de Infantaria nº 23, Batalhão de Caçadores nº 6 e Leal Legião Lusitana) têm créditos firmados ao nível da segurança e da operacionalidade, sendo imediatamente reconhecidos em qualquer campo de batalha histórico-cultural europeu.
O nosso destacamento de artilharia (Regimento de Artilharia nº 4) é não só detentor de um parque de peças de artilharia de época único, como também possui um conjunto de elementos com refinados conhecimentos técnicos e com uma qualidade dificil de igualar, em termos operacionais.
Na mais recente edição do Cerco de Almeida verificou-se a estreia operacional do nosso destacamento de cavalaria (Regimento de Cavalaria nº 11), convertendo o GRHMA em um dos reduzidíssimos (senão mesmo o único...) grupos de reconstituição histórica europeus que possui as três componentes operacionais típicas dos campos de batalha das chamadas Guerras Napoleónicas (infantaria, artilharia e cavalaria).
Todavia, nem só de combates vive um grupo de reconstituição histórica!
E para ter uma prova concreta desse facto, basta observar as damas do Departamento Civil do GRHMA, cuja elegância e o rigor ao nível do traje as converte em verdadeiras fadas culturais!
A componente didática e pedagógica possui também um peso muito relevante na atividade do GRHMA. Sempre que é possível e graças à dedicação de vários dos nossos elementos (como é o caso no nosso cabo de infantaria António Coelho, no que diz respeito à divulgação do equipamento do soldado de infantaria do início do séc. XIX), criamos condições para a divulgação de conhecimentos histórico-militares e culturais, permitindo ao público uma compreensão mais profunda dos "quando, como e porquê", associados às reconstituições históricas.
E aqui está mais um equipamento único, em termos histórico-militares: uma farmacopeia (construída de raiz pelo nosso sargento de artilharia Joaquim Guedes), que reproduz, com todo o rigor histórico, os instrumentos cirúrgicos e os remédios utilizados no início do séc. XIX, para debelar os ferimentos suportados pelos soldados no campo de batalha.
A investigação e divulgação da história do traje de época também possui um espaço muito importante no GRHMA, graças ao trabalho e à dedicação de elementos como a nossa amiga Beatriz Fonte.
A investigação e a divulgação das tradições histórico-militares em uso no Exército Português do início do séc. XIX, como a que diz respeito ao Santo António Militar, desperta o interesse dos nossos elementos, que dedicam muitas horas do seu tempo e uma razoável quantidade do seu dinheiro, para as tornar acessíveis ao público em geral.
Também neste caso, está em causa um trabalho essencialmente da autoria do nosso sargento de artilharia Joaquim Guedes e da D. Eugénia Guedes.
Aliás, a homenagem ao Santo António Militar serviu de mote a uma singela e emotiva cerimónia evocativa, no decurso da qual o nosso amigo Lopo de Castilho teve oportunidade de exercitar os seus consideráveis dotes para declamar poesia e em que o nosso amigo Francisco teve oportunidade para exibir os seus dotes como poeta e cantor.
Também nestas, como em muitas outras vertentes, a materialização deste trabalho e dedicação dos elementos do GRHMA só é possível graças à permanente disponibilidade e colaboração do Município de Almeida e do respetivo Executivo Camarário, que respondem invariavelmente de uma forma positiva e interessada a todas as iniciativas de natureza cultural que são propostas, numa perspetiva e num esforço permanente de promoção e de divulgação histórico-cultural quer do património nacional, quer do património do concelho de Almeida.
Assim sendo e em face do exposto, estamos crentes que não restam dúvidas que se pode afirmar que o Cerco de Almeida e o GRHMA, se não são os melhores, estão ao nível dos melhores, no que diz respeito à organização e à participação em eventos de reconstituição histórica alusivos às Invasões Francesas!
ALMA ATÉ ALMEIDA!
Autoria das imagens: Armando Rui e Carlos Marques.
Pedro Casimiro
Sem comentários:
Enviar um comentário