Caríssimos(as),
A
tarde de sábado, desta excelente edição do Cerco de Almeida, não se
resumiu a descanso e boa vida, no acampamento histórico, ao contrário do
que parece dar a entender o nosso último post!
Muito
pelo contrário, foram realizadas algumas demonstrações
histórico-militares muito interessantes, para gáudio do público
assistente.
A primeira dessas demonstrações esteve a cargo dos nossos amigos da Associacion Historico y Recreativa Husares de Iberia, que constituiu o destacamento de cavalaria de época presente neste evento.
Estes
nossos companheiros concederam ao público presente uma oportunidade
soberana para visualizar um conjunto de táticas e de movimentos de
cavalaria próprios do período das Invasões Francesas, tais como combates
com arma branca (sabre ou espada) ou disparos de mosquete, com o cavalo
a galope, entre outros movimentos interessantíssimos.
São
sempre necessários vários anos de trabalho para se conseguir o tipo de
coordenação, entre cavalo e cavaleiro, que estes nossos amigos
demonstraram e com que deliciaram o público presente, para além de ser
necessário um avultadíssimo investimento para aquisição de uniformes e
das mais diversas peças de equipamento necessárias para equipar um
cavaleiro do início do séc. XIX.
Bem haja pela dedicação destes nossos camaradas à nossa História!
Outros elementos participantes que não deixam nada a dever à dedicação, são os nossos artilheiros!
Isto
de andar a carregar com peças de artilharia com 300 e mais quilos de
peso, tem mesmo que se lhe diga e que o digam os nossos artilheiros!
E
para que conste que em Almeida ainda existem muitas mulheres de armas,
temos já duas senhoras do nosso departamento civil que já estão a
preparar todo o fardamento e equipamento necessário para requerer, ao
generoso Comandante do GRHMA, a respetiva transferência para o Regimento
de Artilharia nº 4.
Será
de prever que o nosso Comandante, com a sua generosidade habitual,
venha a aceitar estas transferência, condicionadas, claro está, à
realização dos necessários testes de aptidão (físicos e psicológicos),
nos termos que irão ser revelados na próxima edição da Escola do
Soldado...
Onde,
já há alguns anos, existe um profusão de valentes meninas/senhoras
artilheiras é na Brigada de Artilharia Naval e Guerra (BANG), dos nossos
camaradas de Lisboa!
Um
dia destes o nosso amigo Mário Ribeiro vai ter de nos revelar os locais
onde é possível encontrar este tipo de "recrutas", em tal quantidade...
Sem
querer adivinhar, se calhar até apostava que está em causa o mesmo
local onde os nossos camaradas espanhóis também fazem o respetivo
recrutamento, pois, como podemos ver na imagem supra, esta unidade de
infantaria ligeira inglesa (proveniente de Arroyomolinos) é
exclusivamente composta por mulheres...
A
artilharia francesa fez todos os esforços possíveis, para tentar
demolir as muralhas de Almeida, com os disparos das suas peças de
artilharia de grosso calibre.
No
entanto, a conjugação dos bravos artilheiros portugueses, com as
excelentes muralhas da Vila de Almeida, revelaram-se uma vez mais um
obstáculo intransponível...
Autoria das imagens: Histoarts e Carlos Marques.
Pedro Casimiro
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