terça-feira, 30 de julho de 2019

Evento: Cerco de Almeida, dias 23, 24, 25 de agosto de 2019.


Caríssimos(as),

O famoso Cerco de Almeida está quase a começar!

Este ano e uma vez mais, o maior e mais empolgante evento cultural anual da Península Ibérica, evocativo das Invasões Francesas / Guerra Peninsular, vai ter lugar na fantástica e cintilante fortaleza abaluartada de Almeida.

A edição deste ano do Cerco de Almeida conta com várias novidades, bem como um crescente peso das vertentes didática e pedagógica que complementam, de uma forma particularmente interessante, a vertente lúdica deste evento. Na verdade, um evento histórico-cultural só o é verdadeiramente quando permite ao visitante aprender algo de novo acerca da sua História e do seu Património, a nível nacional e europeu.
E são precisamente estas as particularidades ao dispor daqueles que se dispõem a visitar e/ou participar no nosso Cerco de Almeida, complementadas com o facto de terem oportunidade de interagir com várias centenas de recriadores históricos provenientes dos mais variados países da Europa, onde sobressaem, como é evidente, os(as) fantásticos(as) e generosos(as) elementos civis e histórico-militares do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida!

Aqui fica uma súmula dos principais componentes do PROGRAMA deste evento:

Sexta-feira, dia  23 de agosto:
-Sessão de abertura do 13.º Seminário Internacional de Almeida, intitulado "Soberanias Europeias e Fortalezas Abaluartadas"
-Hastear das Bandeiras (junto à Câmara Municipal de Almeida)
-Rondas e sentinelas e demonstrações de tiro de infantaria e de artilharia (junto às Portas de S. Francisco)
-Abertura do Mercado Oitocentista
-Sarau cultural e Baile de Máscaras Oitocentista (Picadeiro del Rey)

Sábado, dia 24 de agosto:
-Hastear das Bandeiras e toque dos Hinos Nacionais (junto à Câmara Municipal de Almeida)
-Desfile histórico-militar para condução da figura do Santo António Militar até ao acampamento histórico.
-Atividades lúdicas, didáticas e pedagógicas no acampamento histórico (oficinas didáticas, demonstrações de infantaria, artilharia e cavalaria)
-Animação histórico-cultural no Mercado Oitocentista e na vila de Almeida.
-Combates histórico-militares no Revelim do Paiol
-Recriação da explosão do Castelo de Almeida e espetáculo piromusical.

Domingo, dia 25 de agosto:
-Hastear das Bandeiras e toque dos Hinos Nacionais (junto à Câmara Municipal de Almeida)
-Cerimónia evocativa dos mortos de todas as nacionalidades, no decurso da Guerra Peninsular (Praça Alta).
-Combates histórico-militares nas Portas de S. Francisco
-Animação histórico-cultural no Mercado Oitocentista e na vila de Almeida.
-Cerimónia do Arriar das Bandeiras e toque dos Hinos Nacionais (junto à Câmara Municipal de Almeida)
-Encerramento do evento


Pedro Casimiro


quarta-feira, 24 de julho de 2019

Evento: Recriação Histórica da Batalha do Vimeiro (19-21/7/2019): Reportagem Fotográfica

 Caríssimos(as),

No passado final de semana as tropas portuguesas convergiram uma vez mais para o concelho da Lourinhã, para renovar a memória da Batalha do Vimeiro!

 

As cerimónias de içar da Bandeira Nacional e de toque do Hino Nacional são uma parte integrante e indispensável em qualquer evento realizado sob a égide dos grupos que fazem parte da Associação Napoleónica Portuguesa.

 

Os combates histórico-militares são sempre antecedidos por um convívio entre os recriadores históricos, o que desta vez foi realizado na famosa Praia da Areia Branca, na Lourinhã.


Os soldados e as suas companheiras não prescindiram de fazer alguns passeios na areia, mesmo trajados com as suas habituais e refrescantes fardas, feitas em grossa lã...


O nosso camarada e recriador histórico veterano José Palomera marcou, uma vez mais, presença neste evento, onde deliciou os presentes com a sua habitual perícia musical.

  

Este nosso camarada teve também a amabilidade de atribuir duas prestigiantes medalhas francesas da Legião de Honra neste evento, alusivas ao mérito no âmbito da recriação histórica, a mim próprio e ao Sr. Presidente da Associação Napoleónica Portuguesa, para além de ter recebido ele próprio uma medalha de mérito, conferida pela ANP.

Este foi mais um sinal inequívoco da camaradagem e da amizade que está subjacente a este tipo de eventos e que envolve os intervenientes das mais diversas nacionalidades que se dedicam a esta atividade cultural, onde impera uma genuína vontade de partilha e de divulgação de um património histórico comum, único e relevante, onde a animosidade do passado foi completamente substituída pela cordialidade e pelo companheirismo do presente.

 

Sem desprimor para ninguém e com total imparcialidade e isenção (ou não...) é possível afirmar que os soldados históricos-militares e os elementos do Departamento Civil do GRHMA deram uma vez mais provas de qualidade em termos operacionais e de rigor.

 

O combate noturno teve a habitual espetacularidade e agitação, que foi tanto do agrado dos recriadores históricos, como do público presente.


Fica aqui um grande Bem Haja aos nossos(as) companheiros(as) da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro, pelo acolhimento dispensado aos elementos do GRHMA e pelo esforço e dedicação dispensados na organização deste excelente evento!


Autoria das imagens: Carlos Marques, Fernando Rodrigues e José Palomera.


Pedro Casimiro





segunda-feira, 15 de julho de 2019

Evento: Valença na 2ª Invasão Francesa (13-7-2019) - Reportagem fotográfica


Caríssimos(as),

Como já era previsível, no passado sábado a fantástica localidade minhota de Valença foi palco de um excelente evento histórico-cultural!


Os elementos histórico-militares, de infantaria e de artilharia, e os elementos civis do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA) convergiram para a bem conservada e cheia de História fortaleza abaluartada de Valença, no passado dia 13 de julho, a fim de participarem no evento evocativo do papel desempenhado por esta localidade do decurso da chamada 2ª Invasão Francesa de Portugal.

Este evento foi marcado por registos específicos, que pretendem traduzir a evolução que pretendemos imprimir à atividade do GRHMA a nível histórico-cultural, refletindo a necessária evolução e adaptação que esta atividade pode e deve ter, para responder às circunstâncias e às necessidades hodiernas, na dupla vertente da promoção do património histórico nacional e local, e da promoção e do desenvolvimento turístico das localidades, com os consequentes benefícios económicos e sociais, especialmente dirigidos às localidades do interior e com baixa densidade populacional.

Foi neste contexto que surgiu a parceria que esteve subjacente a este evento, entre os Município de Almeida e de Valença, bem como a forte aposta nas componentes pedagógicas e didáticas, associadas ao mesmo em benefício do público assistente, onde existiu uma predominância considerável de público espanhol.

 

A indispensável cerimónia do içar da Bandeira Nacional e toque do Hino Nacional, nos Paços do Concelho em Valença marcou o início do evento, à semelhança do que sucede com a quase totalidade dos eventos organizados pelo GRHMA.

Este tipo de eventos culturais traduz-se, além do mais, numa oportunidade para celebrar a aquilo que nos singulariza e nos distingue como Portugueses, ou seja, a nossa História, os nossos Costumes, as nossas Tradições e a nossa Língua, bem como uma reafirmação de valores e de princípios comuns.


Os indispensáveis desfiles histórico-militares foram uma constante durante todo o evento, para gáudio dos nossos soldados, pois aquilo que eles verdadeiramente apreciam é marchar pelas ruas com as suas armas, as suas peças de artilharia e demais equipamento, devidamente ataviados e com os metais a brilhar...

 

E quando toca a desfiles, nada há melhor do que visualizar as simpáticas e elegantes damas do Departamento Civil do GRHMA, a deslizarem pelas ruas nos seus vestidos de época!

 

Um dos fatores relevantes deste evento esteve associado à instalação das chamadas Oficinas Didáticas, através das quais o público teve uma oportunidade singular para questionar os nossos soldados acerca do significado, do sentido e do enquadramento histórico e social da atividade desenvolvida pela nossa associação.

É um facto por nós notado há vários anos que esta vertente didática e pedagógica é muito apreciada pelo público, em especial pelo público mais jovem, colmatando algumas lacunas ao nível do conhecimento e da divulgação de um episódio tão relevante e marcante para a História de Portugal, como foi o caso das chamadas Invasões Francesas, ocorridas no início do século XIX.

 

E neste âmbito um dos melhores comunicadores que temos é o nosso cabo de infantaria António Coelho, que tem o condão de conseguir juntar pequenas multidões à sua volta!

Aliás, mesmo durante um período em que ocorreu um pequeno aguaceiro, as pessoas que estavam a assistir à exposição feita por este nosso camarada não arreadaram pé, limitando-se a abrir os guarda-chuvas e a continuar a ouvir com toda a atenção as suas palavras!


Por outro lado, nem só de militares vivem as Oficinas Didáticas!

E para demonstrar este facto este evento contou com o contributo das simpáticas damas do nosso Departamento Civil, que se dedicaram a explicar e a demonstrar os motivos pelos quais conseguem usar com a máxima elegância os seus vestidos de época, em uso comum no início do século XIX.

 
 
Existiu também uma oportunidade para apresentar individualmente os nossos soldados ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Valença, ao Sr. Alcalde do Ayuntamiento de Tui, bem com ao Sr. Vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida.

Quer o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Valença, quer toda equipa do Município de Valença receberam-nos de braços abertos e acolheram-nos com a melhor hospitalidade possível, dando reiteradas e sinceras provas de interesse e de reconhecimento pela atividade cultural por nós desenvolvida no decurso deste evento.


As demonstrações de tiros de infantaria e de artilharia foram uma constante no decurso deste evento...ainda bem que estava disponível uma quantidade adequada de pólvora para este efeito. 





Um serviço de guarnição a uma fortaleza abaluartada só fica completo com a instalação de um número suficiente de sentinelas e de rondas pelas ruas...que são precisamente os tipos de serviços que os nossos soldados histórico-militares adoram e não prescindem de fazer, sempre com o maior prazer possível...


Para além do interesse do público, este evento despertou igualmente o interesse de diversos órgãos de comunicação locais e regionais, portugueses e espanhóis, facto que se traduziu em múltiplas oportunidades para a divulgação do projeto histórico-cultural que já há mais de uma década vem sendo desenvolvido pelo GRHMA no concelho de Almeida, sob a égide do Município de Almeida.


Este evento traduziu-se, sem qualquer margem para dúvidas, num sucesso a vários níveis!

Ficam aqui sinceros agradecimentos pela simpatia, acolhimento e hospitalidade dispensados ao GRHMA por parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Valença, o Sr. Dr. Jorge Salgueiro Mendes, bem como pelo respetivo Executivo Camarário.

É devido um agradecimento aos habitantes de Valença pela permanente simpatia demonstrada e a todas as pessoas e entidades, públicas e privadas que, a nível logístico e administrativo, contribuíram para que este evento fosse possível, incluindo a Polícia de Segurança Pública, a Associação Napoleónica Portuguesa e a Associação Portuguesa para a Preservação e Estudo de Armas Históricas.

É devido um agradecimento especial aos nossos amigos Tiago e Belisa, pelo apoio permamente e pela total disponibilidade e amabilidade com que nos receberam e acolheram em Valença.

Por último, mas não em último, é devido um reconhecimento especial e muito significativo a todos os elementos civis e histórico-militares do GRHMA pelo trabalho e pela dedicação investidos na organização e na participação em mais este evento, que foi sem dúvida mais uma expressão de vitalidade e do interesse dos nossos associados no futuro deste nosso projeto histórico-cultural.

Autoria das imagens: Carlos Marques.


Pedro Casimiro




sexta-feira, 12 de julho de 2019

Arquivo Histórico do GRHMA: deslocação a Mielan (França), entre 30 de junho e 1 de julho de 2012

Caríssimos(as),

Estão a circular na internet algumas imagens relacionadas com um evento em que o GRHMA participou há alguns anos e que parecem ser uma oportunidade interessante para abordar um pouco acerca da História da nossa associação cultural, principalmente em benefício dos nossos associados mais recentes, para todos entendam de onde vimos e para onde queremos ir!

Trata-se do evento realizado em Mielan (França), no ano de 2012.


Este evento teve várias particularidades, uma das quais esteve relacionada com o facto de envolver uma viagem rodoviária noturna até à simpática localidade francesa de Mielan, situada no sul de França, em que os nossos valentes soldados se revezaram ao volante das viaturas de transporte durante alguns milhares de quilómetros, para permitir uma chegada ao destino pela madrugada.


Claro está que este esforço teve o seu custo e ele era só ver os nossos soldados caídos pelos parques de Mielan a dormir, durante o dia da chegada...


Mas havia sempre algumas exceções, como é o caso do nosso camarada Alves, que domina com mestria a habilidade de dormir (quase...) em pé.


O nosso camarada Coelho, por seu lado, não dispensava, pelo menos, um apoio para a cabecinha para dormir, enquanto os seus companheiros enchiam cartuchos...
 

E aqui temos o Comandante do GRHMA, cuja aparência poderia ser exatamente a mesma, não fosse o facto de atualmente estar ainda mais careca...


Um dos nossos soldados que melhorou, e muito, desde Mielan foi o nosso companheiro Palanca, que na imagem supra podemos ver com o braço ao peito, depois de uma breve visita ao Hospital.

E tudo por culpa de um ataque de surpresa de um Presunto Selvagem!

 

Apesar da penosidade da viagem, este evento proporcionou agradáveis momentos de convívio com os nossos camaradas franceses, entre os quais avultam os nossos queridos amigos da Garde Chauvin.



Esta é também uma oportunidade para recordar um dos elementos fundadores do GRHMA, que é o nosso querido camarada e amigo Paulo Amorim, que faleceu no dia 17 de maio de 2014 e que podemos ver na imagem supra.

O Paulo tinha uma alegria contagiante e teve um papel importante, durante vários anos, ao nível do desenvolvimento da atividade do GRHMA e é sem dúvida também graças a ele que foi possível a evolução registada no grupo.

Este camarada não foi e nunca será por nós esquecido.

 

Outro camarada recentemente falecido e que conviveu connosco em Mielan foi o nosso querido amigo Claudy Naudy, que podemos ver nas imagens supra. Foram várias as oportunidades em que tivemos o especial prazer de encontrar o Claudy em múltiplos eventos culturais, em vários pasíses, que deram origem a  uma amizade e a um carinho que perdura até hoje.

Este homem também tem o seu lugar nas crónicas do GRHMA.


Este foi apenas um, entre muitos, eventos em o GRHMA cumpriu com sucesso a sua missão!

E este o caminho que nós queremos, e que sem qualquer dúvida vamos continuar a seguir, que é o de acumular sucessos em benefício da promoção e da divulgação do património histórico-cultural de Portugal e de Almeida, mediante a organização e/ou participação em eventos culturais realizados em Portugal e em qualquer país da Europa ou mesmo do Mundo!

E é também este o saber acumulado e os pergaminhos que estamos disposto a partilhar e a oferecer sem pedir qualquer contrapartida àqueles que, com lealdade, pretendem trilhar e partilhar connosco este caminho!



Pedro Casimiro