terça-feira, 5 de agosto de 2014

Escola do Soldado da A.N.E. (Arapiles - Salamanca) - dias 19 a 20 de julho de 2014


Caríssimos,

Aqui ficam, finalmente, algumas imagens relativas ao evento em que os nossos soldados recentemente participaram, que teve como objetivo principal o de permitir o treino conjunto entre elementos de várias associações e grupos da península ibérica, ligados à reconstituição histórica, tendo aliás sido o primeiro evento do género que contou com a participação conjunta de elemento portugueses e espanhóis.

Aqui fica um agradecimento muito especial à direção da Associação Napoleónica Espanhola (ANE), pelo convite que nos foi dirigido, que se traduziu numa oportunidade muito interessante de convivio e de aprendizagem, bem como uma oportunidade para reforçar os fortes laços que nos unem.


Bem, como escola é sinónimo de aprendizagem, aqui temos um exemplo de como os nossos soldados se distraíam enquanto estavam no acampamento: a marchar.


Aqui podemos ver o soldado Hugo, recentemente transferido para a infantaria, depois de cumprido o tempo de "estágio" na artilharia.


O Francisco Ferrer, juntamente com o seu irmão António, é já uma presença assídua nos nossos eventos, diretamente saído da Academia da Universidade de Coimbra...


Mas nem só de marcha vive um soldado, pois é preciso limpar e preparar as armas e colocar o equipamento a brilhar, pois a "shit list" não perdoa...


Aqui temos o nosso sargento Guto a dar o exemplo. 

O que lhe custa mesmo é dar o exemplo quando toca a colocar o pescocinho (ele diz que lhe dá muita comichão...).


Aqui podemos ver o nosso camarada e amigo Manuel Ruibal, que tem sempre algo de muito interessante para dizer às nossas tropas!

Foi com muitíssima pena que ficamos a saber que este ano não vamos poder contar com a presença do Manuel no evento de Almeida.

Um grande abraço e até à próxima, Manuel!


Um dos pontos altos deste evento consistiu no facto de termos tido oportunidade para fazermos um treino conjunto, designadamente em formação linear, com os nossos amigos espanhóis, bem como praticar diversas formações de avanço em coluna e progressão de tiro.

Só um evento deste género é que permite aperfeiçoar este tipo de formações, para uma utilização mais prática e eficaz em qualquer recriação histórica






Todavia, este evento não teve só marchas e tiros!

Tivemos também oportunidade de participar num baile de época, cuja organização contou com a participação ativa e entusiástica de muitas senhoras residentes em Arapiles, designadamente na confeção de vestidos de época (estilo império), o que exigiu muito tempo de investigação histórico-cultural e muito trabalho de confeção (ainda não existe um pronto-a-vestir para este tipo de indumentária...).

E o resultado final mostra que todo este trabalho valeu a pena! 


E aqui podemos ver dois dos nossos melhores dançarinos (o Alves e o Coelho), a abrir o baile e a dar um ar da sua Graça... 






E depois do descanso, foi necessário voltar ao trabalho!

Os participantes neste evento tiveram ainda a possibilidade de fazer um périplo pelo local onde, no dia 22 de julho de 1812, se deu a famosa batalha de Salamanca.

Bem haja ao nosso camarada e amigo Angel, que foi o nosso guia neste trajeto, e que forneceu a todos os participantes uma explicação muito detalhada e completa deste importante acontecimento histórico.


Aqui podemos ver as nossas tropas a subirem o Grande Arapiles.

Para mim, este foi um momento marcante deste evento.

Foi precisamente neste local que, na data da referida, uma brigada portuguesa, composta pelo Regimento de Infantaria nº 1, Regimento de Infantaria nº 16 e pelo Batalhão de Caçadores nº 4 (que era uma unidade independente comandada pelo Brigadeiro Denis Pack) recebeu ordens para fazer um assalto determinado ao Grande Arapiles, numa altura em que o avanço da 4ª Divisão do exército inglês (comandada pelo General Lowry Cole) a tinha colocado em risco de ficar com o flanco esquerdo exposto às forças francesas.

Foi nessa altura que o Brigadeiro Pack deu ordens à referida brigada para fazer um ataque frontal às forças francesas que estava colocadas no cimo do monte, chamado Grande Arapiles, compostas pelo Regimento de Infantaria de Linha nº 120, e por várias baterias de artilharia.

O avanço da brigada foi liderado pelo Batalhão de Caçadores nº 4, em formação dispersa, apoiado por 4 companhias de granadeiros, provenientes dos R.I. nº 1 e nº 16. As demais companhias de fusileiros destes regimentos ficaram alinhadas à direita e à esquerda, daquela formação.

O avanço desta brigada progrediu até cerca de 4/5 do percurso total, apesar de ser continuadamente alvo de disparos da artilharia francesa e apesar da inclinação do terreno. Todavia, nessa altura deparou-se com um obstáculo no terreno, que obrigou os soldados, designadamente os Caçadores que iam na frente, a colocarem as armas a tiracolo, a fim de poderem continuar a subir, com a ajuda das mãos e a superarem esse obstáculo, a fim de atingirem a cumeeira.

Nessa altura, porém, o referido regimento francês fez uma descarga geral de mosquetes, seguida de uma carga de baioneta em sentido descendente, facto que resultou em pesadas perdas e na retirada desta brigada, que em cerca de 10 minutos, perdeu 386 portugueses, entre mortos e feridos(1).



Esta imagem permite ter uma perspectiva do quão íngreme foi esta subida...


No cimo do Grande Arapiles existe um monumento alusivo à batalha de Salamanca, onde foi realizada uma singela mas muito sentida homenagem, em memória de todos os homens que participaram naquele acontecimento histórico, independentemente da respetiva nacionalidade.



E aqui podemos ver o nosso soldado Coelho, numa altura em que estava a fazer pontaria, para ver se conseguia acertar numa lebre que ia a passar na planície...


E aqui podemos ver o nosso soldado Zé Manel, em serviço de sentinela...

Aqui ficam renovados agradecimentos à ANE e ao seu Presidente, pelo simpático convite que nos foi dirigido, e que se traduziu numa oportunidade para participarmos neste interessante evento!

Gracias também para o nosso amigo Juan Alberti, pelo envio destas imagens!


Pedro Casimiro


(1)Fonte: Sir Charles Oman, A History of the Peninsular War, vol. V, London, Greenhill Books, 1996, página 456.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

X Reconstituição Histórica do Cerco de Almeida - dias 29 a 31 de agosto de 2014


Caríssimos,

Aqui fica um exemplar do cartaz oficial relativo ao evento previsto para os dias 29 a 31, do corrente mês de agosto.

Brevemente darei indicações acerca do respetivo programa.

Pedro Casimiro



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Namorada sofre!


Caríssimos,

Aqui fica um exemplo daquilo por que passam as companheiras de alguns recriadores históricos.

Ás vezes mais vale uma explicaçãozinha mais completa...


Pedro Casimiro




terça-feira, 8 de julho de 2014

Comemoração da Batalha de Vitória - dias 28 e 29 de junho de 2014

(foto enviada por Diego Peña) 

Caríssimos,

Há alguns dias atrás participamos em mais um fantástico evento, organizado pelos nossos camaradas e amigos espanhóis, destinado a comemorar a importante Batalha de Vitória (ocorrida no dia 21 de junho de 1813), que marcou a retirada final do exército imperial francês da Peninsula Ibérica.

Na primeira imagem podemos ver o "cone" de fogo feito pelas nossas peças de artilharia, que pode chegar a atingir a temperatura de 1.600 graus centígrados - este é um dos motivos pelos quais dedicamos um especial cuidado e atenção e todos os aspetos associados a procedimentos de segurança, no âmbito da nossa atividade de reconstituição histórica.

Deixo aqui um agradecimento especial ao nosso amigo Diego Peña e a todos os elementos da organização deste evento, pelo trabalho desenvolvido e por todo o apoio e acompanhamento que deram às tropas portuguesas!



Ficamos igualmente muito agradecidos e reconhecidos, pelo facto de a organização ter reservado um espaço para a realização de uma singela e muito sentida cerimónia evocativa, relacionada com a recente partida do nosso companheiro Paulo Amorim.


Bem haja pelo vosso gesto!


Aqui podemos ver um dos efeitos práticos dos tiros da nossa peça de artilharia, no exército francês...


A infantaria portuguesa em ação!


Havendo uma pausa nos combates, a malta aproveita logo para posar para a fotografia - é só vaidade...


Aqui temos a esquadra de artilharia que marcou presença neste evento, acompanhada do Carlos, que é o nosso recruta mais recente, e que está a fazer o seu "estágio" precisamente na artilharia, conforme manda o Regulamento.




Como é habitual, colocamos sempre um canhão carregado com metralha à entrada do nosso acampamento, para fazer face a qualquer eventualidade...


E aqui podemos ver como é que as nossas tropas passam o tempo disponível, no acampamento.

Desta vez o nosso Sargento Guedes ofereceu às tropas um baralho de cartas próprio para míopes, que eu e o Palanca utilizamos para "ensinar" o Guto e o Ferrer a jogar à bisca...


Aqui podemos ver mais algumas tropas atentas, enquanto estava a ser descrito o plano da batalha e a estratégia que veio a revelar-se vencedora.


Nesta imagem podemos visualizar os nossos soldados a prepararem o equipamento para uma saída do acampamento.




Aqui podemos ver o nosso camarada e amigo Eng. Faria e Silva (Presidente da Associação Napoleónica Portuguesa), que celebrou o seu aniversário (acho que eram 21 anitos...) com os seus soldados.


Um pão-de-ló, uma boa garrafa de vinho do Porto e um grupo de bons amigos, é quanto basta para se fazer uma grande festa!


Aqui temos a D. Eugénia a marcar o ritmo, no decurso da canção dos "Parabéns a Você"!


Uma vez mais, se não fosse a D. Eugénia (a.k.a "mãezinha do GRHMA") não seria possível organizar esta agradável cerimónia, pois a ela se deve o bolo e o vinho do Porto.


E aqui temos o nosso Presidente a fazer um discurso às tropas... mais ou menos à força....


O desfile das tropas presentes foi encabeçado pelo contingente português, facto para nós representou uma distinção assinalável.


A marcha pelas ruas da bonita cidade de Vitória


A cerimónia evocativa, realizada junto ao monumento evocativo da Batalha de Vitória


Aqui temos o comandante do GRHMA, no decurso de uma missão secreta...


As tropas à conversa, junto ao acampamento.


A seguir à conversa segue-se a inspeção aos soldados, com a anotação das "faltas", na já famosa "shit list".

Aqui ficam uma vez mais sinceros agradecimentos a todos os nossos camaradas e amigos espanhóis que se dedicaram a organizar este fantástico evento, não só pela respetiva realização, como também pelo apoio, sempre presente, que dispensaram aos nossos soldados.

Só sugeria que para a próxima fizessem o possível para cair um bocadinho menos de chuva...


Pedro Casimiro



sexta-feira, 4 de julho de 2014

Um Sonho com a História, na Vila de Almeida


Caríssimos,

Aqui fica um VIDEO com um trabalho interessante sobre o Concelho de Almeida, que contou com a colaboração dos nossos soldados.

Pedro Casimiro




terça-feira, 24 de junho de 2014

Casa do Concelho de Almeida - Convivio, dia 21 de junho de 2014


Caríssimos,

Venho deixar-vos aqui uma nota acerca do evento/convívio em que recentemente tivemos o privilégio de participar, realizado no passado dia 21 de junho e organizado sob a égide da Casa do Concelho de Almeida, situada em Lisboa, com a colaboração do Município de Almeida.

Trata-se de um evento anual que visa promover um convívio mais alargado entre os naturais do concelho de Almeida e que permite, além do mais, encurtar as distâncias e atenuar a saudade.



Como não podia deixar de ser, as nossas tropas também marcaram presença neste evento, mediante a realização de uma pequena demonstração de táticas de infantaria e de artilharia, para além de uma breve explicação que foi publicamente prestada acerca da atividade exercida pela nossa associação histórico-cultural.

Fica aqui um agradecimento à organização do evento e a todos os participantes, pelo apoio e pelo excelente acolhimento dispensado aos nossos soldados!

Pedro Casimiro


domingo, 8 de junho de 2014

X Reconstituição Histórica do Cerco de Almeida - dias 29, 30 e 31 de agosto de 2014


Caríssimos,

Aproxima-se o décimo aniversário do maior evento de reconstituição realizado anualmente em Portugal!

Continua a ser verdadeira a antiga expressão tempus fugit, pois já vai fazer uma década a esta parte em que cerca de uma dúzia de amadores, em todos os sentidos do termo, decidiu estudar e investigar a nossa História e, à sua custa, mandar fazer fardas e comprar réplicas de armas e de equipamentos, usados pelos soldados portugueses do início do século XIX, com vista a colaborar na realização de comemorações condignas do Bicentenário da Guerra Peninsular, em Portugal.

Como é habitual na "guerra", ao longo deste percurso houve algumas baixas a lamentar e muito fogo cruzado, que foi preciso evitar, mas ainda se encontram ativos e operacionais uma mão-cheia daqueles soldados originais, entre os quais se encontra um dos principais motivadores e inspiradores de todo este processo, o nosso camarada e amigo Eng. Faria e Silva, Presidente da Associação Napoleónica portuguesa.

O fantástico evento cultural promovido anualmente pelo Município de Almeida constitui um dos frutos mais duradouros deste trabalho, que conta, desde há vários, com o trabalho e colaboração da  generosa e acolhedora população do concelho de Almeida, de que o GRHMA é um dos resultados práticos, e que conta principalmente com o entusiasmo e o apoio incondicional dos vários executivos que, ao longo do anos, vêm dirigindo os destinos do Município.

Contamos, por isso, com a presença de todos os nossos camaradas e amigos neste evento, que irá ser especial também por outras razões, que de todos são conhecidas.

Alma até Almeida!

Pedro Casimiro