sábado, 1 de janeiro de 2011

A Batalha de Waterloo (Junho de 2010) - Reportagem Fotográfica (4)

E aqui fica mais um relato verídico do sucedido na deslocação à Bélgica

No dia de sábado, aos primeiros raios de luz, já era possível visualizar os regimentos de cavalaria ligeira fazendo a exploração do terreno com vista à descoberta do dispositivo das tropas adversárias.

Os lanceiros são tropas duras e experientes e possuem uma arma (lança) que pode ser terrível quando utilizada contra tropas de infantaria desorganizadas ou vacilantes.

Por volta das 5 horas da madrugada (sim, na Bélgica já é dia por essa hora no Verão) o acampamento português ainda estava calmo, com a maioria dos soldados no seu confortável (ou talvez não...) colchão de palha.
 Pouco tempo depois, porém, já as tropas faziam fila junto ao depósito de chá de camomila para, juntamente com algumas códeas de pão seco, fazerem a primeira refeição da manhã.

Porém, pouco tempo foi preciso para as tropas se equiparem e formarem para a inspecção matinal.

E logo de seguida marcharam para os treinos de campo, juntamente com as outras unidades do exército aliado.
 Na batalha realizada de tarde, os soldados de infantaria portuguesa assumiram a sua posição na linha de combate do exército aliado e portaram-se com o seu habitual brio e segurança.

Para as tropas de artilharia a deslocação revelava-se mais dificil, por razões óbvias.

 Todavia, com o auxílio de uns simpáticos e generosos camaradas de outra unidade de artilharia, conseguimos fazer a deslocação para o campo de batalha.
 Onde assumimos a nossa posição na linha de artilharia e gastamos de imediato toda a pólvora que nos tinham distribuído - para depois alguém nos dizer que era suposto a pólvora durar para dois dias...
É o que faz termos o hábito de disparar primeiro e perguntar depois.
Numa próxima oportunidade vou revelar-vos como resolvemos o problema da falta da pólvora.

A batalha de sábado acabou por ser interessante e bem participada.
Como é possível visualizar nesta imagem, o campo de batalha era verdejante e pelos vistos frequentado por algumas manadas de vacas, antes da batalha.
O resultado foi que as tropas de infantaria, além de estarem atentas aos combates, tiveram de estar atentas aos "resíduos" que os animais deixaram espalhados pelo campo.
Paciência, meus amigos, são "ossos do ofício"...

Aproveito a oportunidade para enviar um forte abraço a todos os soldados e demais elementos do Grupo de Recriação Histórica do Município de Almeida e aos nossos camaradas da Associação Napoleónica Portuguesa, extensível a todos os nossos simpatizantes e amigos, desejando a todos e às respectiva famílias um Novo Ano cheio de saúde e de oportunidades para novos encontros.

Pedro Casimiro

3 comentários:

  1. Como sempre a ARTILHARIA não esteve com "meias medidas"!!! Sempre pela medida grande...
    Quanto aos nossos "amados(??????)" infantes, a sério que tive pena deles naquela "batalha" de sábado!!! Por isso aqui deixo um gesto de sentida solidariedade (eh,eh,eh) não só aos ditos infantes, mas principalmente às suas botas, polainitos e calças, que provaram algo resultante de um digno e valente esforço das vacas belgas!!!
    Vá lá Nabais, não penses mais nisso!!! Da próxima arranjamos algo para prevenir...

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  2. Ó Sr. Armindo eu não me lembro de ter saído do "cow field" muito suja!!! Tenho a dizer que os nossos infantes tiveram um cuidado extremo em se manterem limpos!

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  3. Armindo gostas mesmo de relembrar ao Nabais o "trauma de Waterloo", o que ele sofreu por falta de água! Para a próxima que faça como o nosso cozinheiro Sérgio, que dormiu o tempo todo e nem se apercebeu das batalhas!Foram umas ricas férias de campo.
    Um Abraço J. Guedes

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