Caríssimos(as),
No passado domingo, os bravos soldados histórico-militares do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA) e da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro (AMBV) marcaram presença na simpática localidade de Mortágua, a fim de colaborarem com o respetivo município, ao nível da promoção do património histórico-militar deste concelho.
Esta simbólica evocação do papel de Mortágua no decurso da chamada Terceira Invasão Francesa (1810) teve o seu início com uma cerimónia do içar de bandeiras e com o toque do Hino Nacional, na presença de um destacamento histórico-militar.
Tendo esta cerimónia contado com a presença de autoridades civis locais e com a presença de autoridades militares, que foram um reflexo do apoio e da colaboração que o Exército Português tem dispensado a este município, ao nível da divulgação deste património e, em especial, ao nível da organização do Centro Interpretativo, que nesta data foi inaugurado em Mortágua.
Após a cerimónia de abertura foi realizado um desfile histórico-militar pelas ruas de Mortágua.
Como seria de esperar, um dos momentos que despertou mais interesse do público foi a realização de algumas escaramuças junto aos Paços do Concelho, que pretenderam recriar o avanço de um pequeno destacamento francês pelas ruas da vila em meados de setembro de 1810, em busca de pilhagem e de despojos fáceis. Todavia, desta vez os franceses não tiveram o sucesso que esperavam, pois a vila estava protegida por um destacamento de infantaria e de artilharia de bravos soldados portugueses!
E aqui temos o nosso soldado Carlos Fernandes, a fazer um fogo nutrido de mosquete, contra a infantaria francesa!
Uma das ações de combate dos soldados do início do séc. XIX, menos conhecida do público em geral, tinha a ver com o facto de ser necessário rasgar com os dentes o cartucho de pólvora, para depois introduzir o cartucho e a munição no mosquete.
Ora, o cartucho depois de rasgado, tem de ser necessariamente "cuspido", de molde a prevenir ingestões involuntárias de papel, embora não seja propriamente proibido aos nossos soldados "engolir" a parte do cartucho rasgado, até porque, como diz o povo, "gostos e cores" não se discutem...
E aqui estão os franceses!
Bem, os nossos adversários neste evento não eram propriamente franceses, mas antes os nossos camaradas da AMBV, que também recriam uniformes historico-militares de uma unidade francesa (Regimento de Infantaria de Linha nº 32).
A AMBV possui um conjunto de associados muito motivado no sentido da promoção, com genuína dedicação, do património cultural e histórico-militar do Vimeiro e da Lourinhã, sendo por isso um prazer renovado poder continuar a contar com a respetiva presença e participação em eventos de reconstituição histórica.
Por outro lado e a nível institucional, a AMBV tem reiteradamente demonstrado que é uma entidade em quem se pode confiar e com quem se pode contar, pois cumpre escrupulosamente todos os compromissos que assume.
Pedro Casimiro
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