(imagens retiradas daqui)
Caríssimos,
Como habitual, este ano realizou-se mais uma cerimónia evocativa da Batalha do Buçaco, ocorrida no dia 27 de Setembro de 1810.
Como sabem, esta batalha teve lugar na sequência da conquista da fortaleza de Almeida, no decurso da terceira invasão francesa de Portugal, liderada pelo Marechal Massena. Desta vez os franceses vinham apostados em terminar de uma vez com todas com a oposição que lhe vinha fazendo o exército luso-inglês e expulsar os ingleses da Peninsula Ibérica, tendo para o efeito organizado um enorme exército de cerca de 65.000 homens, acompanhado por alguns dos melhores comandantes militares franceses da época, tais como o já referido Marechal Massena, o Marechal Ney e o General Junot (que tinha liderado a primeira invasão do nosso território, ocorrida em 1807).
Todavia, as esperanças francesas sofreram um duro revés desde logo nas abruptas encostas da Serra do Buçaco, onde as linhas de infantaria do exército aliado conseguiram fazer recuar, com graves perdas, as agressivas e numerosas colunas da infantaria francesa.
Esta batalha serviu também para o comandante-geral do exército luso inglês (Wellington) testar a coragem e organização do recém reorganizado exército português. E este teste foi integralmente satisfeito pelos nossos antepassados, mostrando que continuavam a existir portugueses com fibra, dispostos a tudo para defender a sua Pátria, uma vez mais em perigo.
É esta uma das razões pelas quais o Exército Português não deixa de marcar este acontecimento todos os anos, através de uma cerimónia evocativa digna e comovente, que é sempre acompanhada pela população local.
A comemoração da Batalha do Buçaco foi também o evento que, no já longínquo ano de 2003, serviu para inaugurar a actividade pública da Associação Napoleónica Portuguesa, que marcou a presença no mesmo com cerca de 10 elementos com fardamento de Milícia, que se serviram inclusive de armas emprestadas por algumas entidades públicas.
E a presença da ANP neste evento, que tem sido sempre regular, repetiu-se uma vez mais este ano.
Passados estes anos ainda cá estamos (poucos, mas bons...), para o que der e vier!
Bem haja a todos!
Nesta imagem podemos ver um destacamento de cavalaria portuguesa (Dragões).
A boca de um canhão serve de enquadramento a um destacamento de infantaria.
A infantaria continua a servir-se da protecção da cumeeira do Buçaco...
Os adversários de ontem são os camaradas de hoje.
Todavia, é preciso não esquecer o essencial: o de que há conjunturas históricas em que apenas através da força das armas é possível salvaguardar quer a soberania nacional, quer a vida e os bens das populações.
Lembrem-se da HISTÓRIA, aqueles que pugnam pela desvalorização da instituição militar!
Pedro Casimiro