Aqui ficam algumas imagens alusivas ao evento recentemente realizado na cidade de Coimbra, promovido pela Universidade Europeia e relativo à promoção e ao desenvolvimento do turismo ferroviário na Beira Alta, que contou com a presença de múltiplos responsáveis governamentais, municipais e universitários, para além de diversas entidades públicas e privadas associadas ao desenvolvimento das mais diversas vertentes do chamado turismo cultural.
O público-alvo deste evento foi, primariamente, o conjunto dos alunos de diversos estabelecimentos universitários associados ao setor do turismo, a quem foram lançadas diversas propostas e desafios relacionados com a promoção e desenvolvimento de projetos turísticos regionais e no interior do país, com uma dimensão envolvendo o transporte ferroviário, enquanto transporte turístico de excelência, na perspetiva do turismo militar, gastronómico, ferroviário, de natureza, universitário, entre outros.
Os desafios que apresentei estavam obviamente direcionados à promoção e desenvolvimento da temática do turismo militar, envolvendo as potencialidades a este nível existentes no concelho de Almeida, bem como em outros concelhos do país com património e tradições associadas ao período histórico das Invasões Francesas, ou Guerra Peninsular, como é o caso dos concelhos envolventes do local onde se realizou a Batalha do Buçaco (Mealhada, Mortágua e Penacova) e dos mais diversos concelhos que integram a chamada Plataforma Intermunicipal das Linhas de Torres (Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira).
Nessa perspetiva, foram lançados dois desafios:
a) O primeiro desafio esteve relacionado com a criação de uma rota turística associada à chamada 3ª Invasão Francesa, iniciada no mês de julho de 1810 sob a liderança do Marechal André Massena, que permitiria o desenvolvimento de produtos turísticos de natureza histórico-cultural, envolvendo o concelho de Almeida, passando pela área geográfica envolvente da Batalha do Buçaco e terminando na já existente Rota das Linhas de Torres, com uma dimensão envolvendo o transporte ferroviário.
b) O segundo desafio lançado esteve relacionado com a criação de uma rota turística com uma dimensão internacional e mais abrangente, partindo do concelho de Almeida e envolvendo as mais diversas localidades europeias integradas na rede da Federação Europeia das Cidades Napoleónicas, da qual Almeida é a primeira, e por enquanto a única, localidade portuguesa associada, igualmente com uma dimensão envolvendo o transporte ferroviário.
Além do mais, este segundo desafio teria a vantagem de poder contribuir para o fortalecimento da consciência da participação histórica do povo português em realidades culturais de âmbito transnacional, para além de os eventuais produtos turísticos criados poderem beneficiar de uma instantânea recetividade nos locais de destino, decorrentes da promoção e partilha de um património histórico-cultural comum.
No final da apresentação fui abordado por diversos assistentes, que colocaram um conjunto pertinente de questões relacionadas com os desafios lançados, o que porventura permite antever o nascimento de múltiplas propostas e projetos turísticos a este nível, envolvendo o concelho de Almeida.
Pedro Casimiro