quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Comemoração do 206.º Aniversário da Batalha do Buçaco - dia 27 de setembro de 2016



Caríssimos(as),
No passado dia 27 de setembro de 2016 realizou-se a habitual cerimónia evocativa da memorável Batalha do Buçaco, ocorrida no dia 27-9-1810, que contou com a colaboração da Associação Napoleónica Portuguesa e a participação das suas associadas, Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida e Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro.
 




O Exército Português continua a comemorar, desde há já alguns séculos e com o adequado formalismo e a necessária dignidade institucional, este importante marco da História Nacional, que constituiu a maior e uma das mais importantes batalhas já alguma vez realizada em Portugal Continental.
 


E como também já é habitual, há mais de uma década e desde a sua constituição, a Associação Napoleónica Portuguesa prestou a colaboração que lhe foi solicitada pelo Exército Português, divulgando esta iniciativa pelas suas associadas, já referidas.

Este ano o contributo fundamental para esta cerimónia, em termos de presença de elementos detentores do necessário fardamento histórico-militar, foi prestado pelos nossos camaradas e amigos da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro, que marcaram uma presença significativa neste evento, com a sua habitual dedicação e postura marcial.

Autoria das imagens: Fundação Mata do Buçaco.

Pedro Casimiro




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

"Mortágua nos Caminhos da Batalha do Bussaco": dia 24 de setembro de 2016 - reportagem fotográfica


Caríssimos(as),
Em resposta a um amável convite proveniente do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mortágua, o GRHMA esteve presente neste evento, realizado no passado dia 24 de setembro, que começou, no período da manhã, com um colóquio intitulado "Mortágua nos Caminhos da Batalha do Bussaco".

 

Neste colóquio esteve presente um ilustre painel de conferencistas, que brindou o público assistente com um conjunto de comunicações muito interessante, relativo à temática das Invasões Francesas e em especial ao papel que Mortágua teve no contexto da chamada terceira invasão francesa.


No período da tarde e após a chegada do destacamento de bravos soldados do GRHMA, colaboramos na montagem com acampamento histórico, erigindo algumas das tendas de época, cedidas pelo nosso grupo para este efeito.
 

E, como sempre, o nosso Comandante deu o exemplo, trabalhando arduamente na montagem das tendas, junto ao acampamento histórico.


Depois do trabalho feito ainda houve oportunidade para um animado convívio, em que os nossos veteranos soldados, como o António e o Palanca, tiveram oportunidade de trocar algumas estórias mais peculiares, alusivas aos inúmeros e violentos combates e batalhas, em que já foram intervenientes, realizados por toda a Europa.



Algumas dessas estórias, porém, acabaram por impressionar o Rui, que é o nosso mais recente recruta do Regimento de Artilharia nº 4!

O nosso amigo Rui não se deve deixar impressionar pelos contos e ditos dos seus camaradas, porquanto é conhecido o facto de que os soldados têm uma tendência acentuada para o exagero...



Quem já não se deixa impressionar pelas estórias contadas pelos soldados é o nosso veterano sargento Guedes, que aproveitou o tempo disponível para provar algumas das excelentes uvas existentes no local.
 

O nosso artilheiro Fonseca, por seu lado, também fez o possível por acalmar o nosso recruta, fazendo uma alusão ao ditado popular de que "são mais as vozes, que as nozes"...

 

O nosso sargento Guto andava tão ocupado, com uma marreta na mão, que nem sequer se apercebeu da tentativa feita pelos soldados veteranos, no sentido de impressionar o nosso recruta.



Tanto assim foi que, a certa altura, revelou-se necessária a intervenção do nosso estimado Comandante, no sentido de acalmar as tropas. Os nossos soldados veteranos, com a sua bonomia habitual, não só aceitaram a repreensão, como até se dedicaram a "dar graxa" ao Comandante, à moda de 1810...


E, uma vez mais, quem captou para a posteridade estes momentos singulares foi a nossa Paulinha, que foi o único elemento do nosso departamento civil que arranjou coragem para subir às alturas da serra do Bussaco!


Depois do jantar foi realizado o já esperado Passeio Noturno Encenado, destinado a recriar a passagem das tropas francesas por Mortágua, no período que antecedeu a grandiosa batalha realizada no dia 27 de setembro de 1810.


Nesta iniciativa, que contou com a presença e participação de público em número bastante significativo, tivemos também oportunidade para fazer uma referência a algumas das caraterísticas mais relevantes do fardamento e do equipamento utilizado pelos soldados participantes nesta batalha.


O Sr. Eng. José Júlio Norte, Presidente da Câmara Municipal de Mortágua, também marcou presença e participou ativamente neste interessante evento.


No final do percurso os participantes tinham à sua espera a Orquestra Ligeira do Exército, que brindou todos os presentes com um excelente concerto musical, recheado de fantásticas atuações!


Na praça onde decorreu este concerto estavam espalhadas algumas figuras, que pretendiam retratar uniformes de época, como aquela que é possível visualizar na imagem supra.

Esta figura, porém, parece possuir uma semelhança muito acentuada com um dos nossos recriadores históricos mais conhecidos, que, porventura, se terá deslocado a Mortágua por estes dias, a fim de poder ser retratado com tamanha fidelidade...

Foi para o GRHMA um prazer poder colaborar com o Município de Mortágua no desenvolvimento desta iniciativa, no decurso da qual também tivemos a oportunidade de fazer algumas sugestões e lançar alguns desafios, relacionados com a promoção e divulgação do relevante património histórico-cultural deste concelho, associado ao período das Invasões Francesas, que esperamos venham a dar frutos.

Autoria das imagens: Paulinha e C.M .de Mortágua.


Pedro Casimiro




domingo, 25 de setembro de 2016

XII Recriação Histórica do Cerco de Almeida - Reportagem video-fotográfica(10): As Damas


Caríssimos(as),
Não haverá nada mais adequado, para encerrar em beleza a série de reportagens relativas a mais uma fantástica edição do Cerco de Almeida, do que dar a conhecer ao mundo algumas das elegantes meninas e senhoras, que com a sua presença contribuíram para abrilhantar este evento!


E para demonstrar que, decorridos mais de duzentos anos da Guerra Peninsular, ainda existem entre nós muitas mulheres de armas, vamos começar com uma imagem relativa ao nosso soldado Zé Manel (que usa o nome de Eunice, na vida civil) que está a usar os seus óculos escuros preferidos (de época...), no decurso de uma marcha para aquecimento dos músculos das pernas.


Já na imagem supra podemos ver o nosso soldado Zé Maria (que quando regressa ao Vimeiro passa a usar o nome civil de Olga), cujos exercícios de aquecimento são mais dirigidos aos braços, para conseguir segurar com mestria a (enormíssima...) bandeira regimental do RI nº 19.


E cá temos mais uma mulher de armas portuguesa, desta vez de Lisboa, que mostrou a muitos soldados que era possível um só elemento transportar facilmente todas as numerosas palamentas necessárias ao funcionamento de uma peça de artilharia de época, balde incluído!



Já de França veio esta simpática oficial de marinha, que mostrou a versatilidade de uma verdadeira recriadora histórica, fazendo com facilidade a transição entre a postura marcial de um soldado e a postura frágil de uma jovem dama.


E por falar em jovens damas, aqui temos mais uma simpática jovem, a tentar proteger o seu chapéu de palha de um inesperado golpe de vento.





As recriadoras históricas vindas de França também deslumbraram o público assistente, com os seus excelentes vestidos de estilo Império, acompanhadas das indispensáveis "sombrinhas".


E aqui podemos ver mais um vestido de estilo Império, em todo o seu esplendor!


A nossa amiga Beatriz (à esquerda da imagem supra), que também é especialista em trajes do início do séc. XIX, sem dúvida que aproveitou mais esta oportunidade para tirar algumas "notas", para utilizar em futuras confeções de época.


As nossas amigas Fernanda (à esquerda da imagem) e Manuela também não faltaram ao Cerco de Almeida, obviamente também vestidas a rigor.


A nossa Paulinha também não deixou os seus créditos (e a "sombrinha"...) por mãos alheias!


E aqui temos a nossa D. Armanda, mostrando que a moda da "sombrinha" veio para ficar, entre as senhoras do departamento civil do GRHMA.

A moda do leque também já está a caminho...


E não podia faltar uma imagem da nossa amiga Fátima, com a sua boa disposição contagiante!




De pequenino se torce o pepino!

Foi precisamente esta a mensagem que as duas beldades acima ilustradas quiseram transmitir...


A profusão de flores em chapéus de senhoras presentes no evento dava a entender que os canteiros de Almeida sofreram algum desbaste, por estes dias...



O encanto da simplicidade...



E o encanto do carinho maternal...


Este post encerra o ciclo de imagens/reportagens relativas à edição deste ano de 2016, do Cerco de Almeida.

Este evento traduziu-se em mais um assinalável sucesso, graças à contribuição de um número sempre crescente de entidade públicas e privadas e de um conjunto de pessoas, singulares e coletivas, que se dedicam, de alma e coração, à promoção e à divulgação da História de Portugal e do património histórico-cultural da Vila de Almeida.

Como sempre, os principais "culpados" deste sucesso são os recriadores históricos!

Na realização deste evento foi indispensável o trabalho e a dedicação dos membros, amigos(as) e simpatizantes do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA), que não só preparam o Cerco de Almeida ao longo do ano, como também estiveram disponíveis para suar a(s) camisa(s) no decurso do mesmo, para além de estarem sempre disponíveis para mastigar quantidades prodigiosas de pólvora!

Outra componente fundamental do sucesso deste evento traduziu-se na presença e participação, ativa e interessada, dos nossos caríssimos(as) camaradas e amigos(as) recriadores(as) históricos(as), provenientes não só das mais diversas regiões de Portugal, como também dos mais diversos países europeus, a fim de partilharem connosco o prazer de celebrar a História.

Bem haja pela vossa presença e participação!


Autoria das imagens: Paulinha, Carlos Marques, Valischka, Fernando, Histoarts e Alma & You.


Pedro Casimiro


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

"Battle Tour - Pelos Caminhos de Wellington": dia 9 de outubro de 2016



Caríssimos(as),

Aqui fica uma nota informativa, relativa à realização de mais uma interessante iniciativa histórico-cultural promovida pelos nossos(as) amigos(as) do Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, relacionada com a realização de percursos pedonais por alguns dos locais mais simbólicos associados à Batalha do Vimeiro, batalha esta que teve lugar no dia 21 de agosto de 1808.

Mais informações acerca deste evento podem ser encontradas AQUI.


Pedro Casimiro


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

"Mortágua nos Caminhos da Batalha do Bussaco": dia 24 de setembro de 2016


Caríssimos(as),

Está prevista a participação do GRHMA neste interessante evento, promovido pelo Município de Mortágua e com a colaboração do Exército Português e integrado nas comemorações do 206.º centenário da Batalha do Bussaco, realizada no dia 27 de setembro de 1810, envolvendo o Exército Luso-inglês, comandado pelo General Arthur Wellesley (mais conhecido por Duque de Wellington) e o Exército Imperial Francês, comandado por André Massena.

No período da manhã do dia 24 irá realizar-se um Colóquio, com início pelas 9.30 horas, que irá ter lugar no Centro de Animação Cultural de Mortágua, onde está prevista a realização de um conjunto de comunicações muito interessante.

A participação do GRHMA está associada à realização do passeio noturno encenado, com início previsto para as 21.00 horas, junto à povoção de Barril, com vista à recriação dos momentos e movimentos que antecederam a realização desta grandiosa batalha.


Pedro Casimiro


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

XII Recriação Histórica do Cerco de Almeida - Reportagem video-fotográfica(9): Marcha e combate do Côa - 28-8-2016


Caríssimos(as),

Na sequência de centenas (quiça milhares...) de insistentes pedidos dos nossos(as) seguidores(as), venho dar continuidade à sequência de imagens relativas ao Cerco de Almeida, desta vez reportadas à Marcha e Combate do Côa.


Os duros combates realizados no sábado à noite não demoveram as tropas de se levantarem bem cedo na manhã de domingo, com vista à realização da suave marcha de cerca de 5 quilómetros, através de montes e vales, até ao rio Côa, destinada a recriar o combate ocorrido no dia 24 de julho de 1810 e que antecedeu a realização do Cerco de Almeida.

Originalmente, neste combate esteve envolvida a chamada Divisão Ligeira do Exército Luso-inglês, comandada pelo Brigadeiro Robert Craufurd, com cerca de cinco mil homens e um Corpo de Exército Imperial Francês, comandada pelo Marechal Michel Ney, com cerca nove mil homens. Esta desproporção em termos de forças em presença obrigou a uma retirada precipitada da Divisão Ligeira através dos campos circundantes da fortaleza de Almeida, na altura ainda na posse do Exército Luso-inglês, até à Ponte do Rio Côa, de molde a evitar ser totalmente destruída ou capturada pelo Exército Imperial Francês.


Como é sempre habitual, a chegada do Exército Imperial Francês despoletou o pânico generalizado  na população civil, com receio dos excessos e desmandos cometidos pelos soldados franceses.


Embora, como também é habitual, existam sempre mulheres de armas corajosas, que não se deixam intimidar pela marcha de um Exército inimigo e preferem aguardar serenamente a respetiva chegada, com uma arma carregada na mão...



As colunas francesas,  em passo acelerado, fizeram todos os esforços possíveis para tentar reescrever a História e, desta vez, conseguir encurralar a referida Divisão Ligeira do Exército Luso-inglês, impedindo a respetiva chegada e subsequente retirada através da Ponte do rio Côa.


No entanto, houve um fator com que os franceses não contaram, que foi a corajosa resistência da população portuguesa!

 

Na verdade, depois de vencido o choque inicial, os bravos populares da Beira Alta fizeram sucessivos ataques de guerrilha às colunas francesas, tentando por esta via atrasar a respetiva progressão e permitir a retirada dos soldados luso-ingleses.



Todavia e como seria de esperar, foi preciso pagar um preço por este corajoso esforço!


Os elementos da guerrilha acabaram por sofrer pesadas baixas ao longo do percurso, pois estavam equipados apenas com armas rudimentares, enquanto que os soldados franceses, para além de numerosos, eram experientes e bem armados.


No entanto, o esforço dos populares acabou por dar bons resultados!

Uma vez mais e tal como há cerca de 200 anos atrás, o exército aliado alcançou a Ponte do rio Côa antes da chegada dos franceses, tendo-se de imediato posicionado para proteger a respetiva passagem.




Quem não ficou muito agradado com esta situação foi, de facto, o General Francês, que de imediato e através de vagas sucessivas, ordenou a realização de diversos assaltos à Ponte, com vista a conseguir forçar a sua passagem.



Porém, esse objetivo não foi conseguido, graças à corajosa resistência dos soldados de infantaria de linha do Exército Aliado!


E graças à pontaria certeira dos soldados de infantaria ligeira, presentes no combate.



Este combate também ficou marcado por um duríssimo duelo de artilharia, pois os franceses recorreram a todos os expedientes possíveis para forçar a entrada na Ponte!



No entanto, tudo ficou bem, porque acabou em bem!

Os duros combates antecedentes não impediram que, no final, todos os recriadores históricos presentes se reunissem numa formatura geral, a fim de trocarem saudações fraternais e participarem na cerimónia de encerramento de mais uma fantástica edição do Cerco de Almeida.


 

O encerramento do evento junto à Ponte do rio Côa possibilitou a realização de uma significativa e emotiva cerimónia, junto à placa evocativa do falecimento do nosso querido camarada e amigo Dr. Paulo Amorim, recordando a memória dos nossos amigos recriadores históricos já falecidos, de todas as nacionalidade e em especial a recente partida de D. Pedro Soriano Heredia, da Associacion Bailen por la Independencia.


O final do evento ficou marcado pela cerimónia do arriar das bandeiras representativas das nacionalidades de todos os recriadores históricos participantes, bem como pela audição dos respetivos hinos nacionais.




Excecionalmente e graças à disponibilidade e à generosa colaboração dos párocos de Almeida, após as cerimónias finais do evento realizou-se uma Missa Campal junto à Ponte do rio Côa.



Sendo que, nesta cerimónia também esteve presente uma delegação de corajosos soldados de infantaria e de artilharia do GRHMA, que se dispuseram a participar na mesma em pé e após uma manhã que começou bem cedo e esteve cheia de duras marchas e de esforçados combates.

Bem haja pelo esforço e dedicação destes nossos soldados!

Autoria das imagens: Paulinha, Carlos Marques, Valischka, Fernando, Histoarts.

Pedro Casimiro