À semelhança do que sucede com qualquer soldado, em qualquer época histórica, um soldado do início do século XIX não partia para a guerra levando apenas a sua farda, o seu mosquete e algumas munições.
De igual modo, um acampamento militar da mesma época, precisava mais do que apenas tendas (quando as havia...) para ser funcional.
Nessa medida, vou dar início uma série de artigos relacionados com o formato e aspecto da maior parte dos utensílios e acessórios que designadamente um soldado português, digamos em 1810, normalmente levaria na sua mochila quando em campanha ou utilizaria quando acantonado.
Deste modo, o Vitó já não vai ter desculpa para recorrer à sua justificação favorita, do tipo "eu não usei isso porque ninguém me disse nada!"
Pois é Vitó, quando quiseres saber, basta dares um saltinho ao Blogue do GRHMA.
E aqui temos porventura uma das peças mais importantes do equipamento de um soldado da época (para além da sua arma), a saber: um dado. Neste caso concreto trata-se de um dado feito em madeira, mas também os havia feitos em osso. Este era um utensílio fundamental para ocupação dos tempos livres e para complementar o magro soldo pago pelo Exército (dependendo da perspectiva do ganhador ou do perdedor).
Como na altura já não ficava bem comer directamente da panela, a malta começou a usar pratos. Por regra, as tropas utilizavam pratos feitos em folha de metal, como o que resulta da imagem acima indicada. Actualmente podem encontra-se pratos muito idênticos feitos em inox, que são os que eu uso. Claro que os puristas podem e devem continuar a usar pratos em folha, até porque a ferrugem pode servir de tempero óptimo para a comida (dependendo dos gostos...).
E aqui tempos uma pequena tigela feita igualmente em folha de metal, que pode ser utilizada para uma dupla função: para comer a sopa e para servir de recipiente para fazer a barba.
Como é óbvio, a Eunice e a Carla podem utilizá-la apenas para comer a sopa.
O copo igualmente em folha de metal é também um utensílio indispensável, principalmente quando chega à altura do digestivo.
A malta que quiser contribuir com fotos de material de época que tenha na sua posse, para este efeito, pode utilizar a caixa de correio do blogue.
Eu fico à espera das vossas contribuições (mas claro que vou esperar sentado...)!
Por hoje é tudo. Um dia destes haverá mais.
Pedro Casimiro
olá,
ResponderEliminarFoi com muito interesse que li os vossos artigos aqui expostos. E como lavrador que apoia o exercito, com todos os meus fieis trabalhadores, quero reforçar aqui que todo o apoio logístico que o 23º necessitar o Magote disponibilizará. Assim sendo não se preocupem com o digestivo, a aguardente, quer seja de bagaço medronho ou outras frutas, bem como licores de várias espécies acompanham-nos. Bem-hajam e Alma até Almeida.
O Lavrador
Pedro Venda
Magote de Santo Antão