Caríssimos(as),
No passado fim de semana as associações que integram a Associação Napoleónica Portuguesa cumpriram uma vez mais, com brilho e distinção, a sua missão de promoção e de divulgação do património histórico-cultural de Portugal!
Desta vez esta missão foi desenvolvida e executada na simpática e cheia de História localidade de Condeixa-a-Nova, onde o respetivo Município não poupou esforços para receber da melhor maneira possível os elementos do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida (GRHMA), da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro (AMBV), do Batalhão de Artilharia do Sobral (BAS), da Guerrilha de Montagraço e do 28.º North Gloucestershire (Arroyomolinos), que fizeram deslocar a Condeixa mais de 8 dezenas de elementos civis e histórico-militares.
O evento começou da melhor maneira possível, com um sarau musical e danças de época, nos Paços do Concelho, onde uma vez mais os soldados e as elegantíssimas damas do GRHMA demonstraram o motivo pelo qual são considerados os maiores especialistas nacionais em danças oitocentistas!
No sábado de manhã (dia 26-5) realizou-se a cerimónia de abertura do evento e de receção aos recriadores históricos, com a presença do Executivo da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova e que incluiu o momento do içar da Bandeira Nacional e de toque do Hino Nacional.
Este ato inicial encerrou com o habitual tiro de salva, de mostrou aos habitantes de Condeixa que algo de especial e de diferente ia ocorrer nesses dias...
Durante a tarde de sábado os elementos das várias associações culturais presentes neste evento mantiveram um alegre convívio no centro histórico da vila, no decurso do qual se multiplicaram as oportunidades para uma interessante interação com os habitantes, onde o tema principal das conversas foi, como não podia deixar de ser, as Invasões Francesas e Condeixa.
E, de facto, à noite os franceses apareceram em Condeixa!
A noite nesta simpática vila fez-se dia, através dos disparos dos mosquetes e das peças de artilharia, que eliminaram qualquer veleidade de uma noite de repouso sossegada, embora a elevada quantidade de público assistente nas ruas, durante o evento, deixava antever que a falta de sono era voluntária.
É necessário esclarecer que não existiram combates urbano na vila de Condeixa, no decurso da terceira invasão francesa (1810-1811), tendo sido feita apenas uma demonstração dos procedimentos típicos e táticas habitualmente utilizadas nesta época histórica, em tais circunstâncias.
Como não podia deixar de ser, a artilharia também marcou presença nas ruas de Condeixa!
O troar das peças de artilharia também contribuiu, e muito, para dar um enquadramento muito especial aos combates noturnos (os poucos vidros que se partiram deveu-se às condições atmosféricas adversas...).
No dia de domingo teve lugar o acontacimento que constituiu a principal motivação para a realização deste evento, que se traduziu na recriação histórica do chamado Combate de Casal Novo, que teve lugar no dia 14 de março de 1811, precisamente nas imediações da aldeia de Casal Novo.
Conforme relata Charles Oman (A History of the Peninsular War, volume IV, página 151), a madrugada daquele dia 14 de março foi marcada por um denso nevoeiro e limitada visibilidade.
Apesar desse facto, a vanguarda do exército luso-inglês (composta pela Divisão Ligeira, a Divisão do General Pack e a Brigada de Cavalaria de Arentschildt) marchou impetuosamente contra os franceses, que na altura ocupavam as imediações da aldeia de Casal Novo, com uma Divisão sob o comando do General Marchand.
A Divisão Ligeira, que tomou a dianteira, viu-se quase de imediato em inferioridade numérica, confrontada com uma bateria de artilharia e com 11 batalhões de infantaria franceses e sofreu pesadas baixas em consequência.
Foi precisamente este o episódio histórico que foi evocado em Casal Novo no passado dia 27 de maio, e que teve lugar no exato e preciso local onde há cerca de 200 anos através se realizou este combate!
Como é da praxe, o final do evento ficou marcado por uma formatura geral e por uma saudação ao público presente, que se deslocou em número considerável à aldeia de Casal Novo para assistir ao mesmo!
No dia de domingo teve lugar o acontacimento que constituiu a principal motivação para a realização deste evento, que se traduziu na recriação histórica do chamado Combate de Casal Novo, que teve lugar no dia 14 de março de 1811, precisamente nas imediações da aldeia de Casal Novo.
Conforme relata Charles Oman (A History of the Peninsular War, volume IV, página 151), a madrugada daquele dia 14 de março foi marcada por um denso nevoeiro e limitada visibilidade.
Apesar desse facto, a vanguarda do exército luso-inglês (composta pela Divisão Ligeira, a Divisão do General Pack e a Brigada de Cavalaria de Arentschildt) marchou impetuosamente contra os franceses, que na altura ocupavam as imediações da aldeia de Casal Novo, com uma Divisão sob o comando do General Marchand.
A Divisão Ligeira, que tomou a dianteira, viu-se quase de imediato em inferioridade numérica, confrontada com uma bateria de artilharia e com 11 batalhões de infantaria franceses e sofreu pesadas baixas em consequência.
Foi precisamente este o episódio histórico que foi evocado em Casal Novo no passado dia 27 de maio, e que teve lugar no exato e preciso local onde há cerca de 200 anos através se realizou este combate!
Como é da praxe, o final do evento ficou marcado por uma formatura geral e por uma saudação ao público presente, que se deslocou em número considerável à aldeia de Casal Novo para assistir ao mesmo!
O presente evento traduziu-se num perfeito sucesso, não só pelo programa histórico-cultural que foi desenvolvido, como também pela considerável adesão do público ao mesmo, tendo sido alcançados todos os objetivos pretendidos pela organização, associados à respetiva realização.
É devido um agradecimento e um reconhecimento especial ao Município de Condeixa e, em especial, ao Dr. Rui Miranda, por todos os esforços desenvolvidos e pelo acolhimento dispensado aos recriadores históricos presentes neste evento.
Idêntico reconhecimento é devido a todos os nossos camaradas e amigos de todas as associações culturais presentes neste evento, supra mencionadas, que deram uma vez mais mostras de generosidade e de disponibilidade, no sentido do cumprimento desta missão de promoção e divulgação da História de Portugal em todo o território nacional, numa perspetiva estritamente voluntária.
BEM HAJA A TODOS(AS)!
Autoria das imagens: Armando Rui e Carlos Marques.
Pedro Casimiro
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